22 maio 2009

Sobre a contenção de gastos – relacionamento entre operadora e hospital

Fonte: http://images.stockxpert.com/pic/m/o/ol/oleg_b/40637251_39352165.jpg Para quem circula pelas operadoras, fica a sensação de que os prestadores de serviço são os grandes causadores das dificuldades financeiras por que passam. Ou cobram demais, ou cobram errado, ou cobram por um serviço não executado.

Já para quem circula pelos hospitais e demais prestadores, fic a sensação contrária. A de que as operadoras de planos de saúde é que espoliam os prestadores, ao se negar a pagar itens que realmente foram utilizados, a pagar menos do que combinaram, ou a glosar procedimentos e itens de custo sem critério ou justificativa técnica cabível.

Exemplos há aos montes que dê razão a ambas as partes. Mas a grande maioria não procede assim, mas acaba herdando a fama dos poucos que fazem.

O cerco se fecha de um lado e de outro, e o caminho mais natural parece ser o entendimento. Auditores dos planos de saúde, presentes nos hospitais (hoje por ser o responsável pelos maiores custos) já negociam com os médicos e gerentes hospitalares medidas que, sem impacto à qualidade do tratamento ao paciente, dão a certeza às operadoras de que o custo é real e necessário.

Os médicos e responsáveis hospitalares discutem as medidas ainda em tempo de execução com esses auditores e, quando têm a certeza de que a discussão é técnica, entram em consenso. Quando há consenso, não há problemas, e o grau de confiança aumenta.

Num futuro que se desenha próximo, o céu de brigadeiro parece estar na definição de protocolos de assistência. Hospitais e operadoras hão de definir que protocolos serão seguidos para os casos sob sua responsabilidade, confiança mútua afiancará essa sistemática.

De qualquer forma, o caminho passa pelo estreitamento de relações entre prestadores e operadoras. Sem confiança mútua entre os players, a tendência é que os processos de vertizalização aconteçam como solução para os problemas, quando ele deveria ser uma decisão estratégica de mercado.

Nada contra a verticalização. Mas verticalizar por conta de falta de entendimento é o passaporte para uma aventura, que será mais ou menos arriscada de acordo com o perfil gerencial de cada um. Vale a pena a posta?

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