A discussão sobre a verticalização está inflamada e cada vez mais domina a agenda de administradores de hospitais e planos de saúde.
A impressão que tenho é que cada lado acha que o outro não tem competência para atendê-lo de forma que lhe seja interessante ou viável. E, para suprir essa falta de competência alheia, quer se aventura na seara dele.
Parece-me que as experiências que existem no Brasil já são, por si, uma demonstração cabal do que pode acontecer. Há casos em que o verticalização é eficiente. Há casos em que não faz diferença no resultado. E casos há em que o comprometimento financeiro se agrava com a medida.
O fato é que se trata de análise de competência, aquisição de competências não presentes, planejamento estratégico, etc, etc, etc.
Parece-me que a energia despendida nas discussões, se direcionada para discussões ganha-ganha (por mais piegas que possa parecer) entre operadoras e hospitais, traria melhores resultados. A posição de cada um hoje, antagonizando o outro lado, é um dos fatores desse clima de falta de horizontes.
As ações das operadoras, visando ter controle efetivo de seus custos, e resultando em glosas nas contas médicas e “interferência” direta no atendimento hospitalar, de um lado, é um vilão. O outro vilão, nesta história sem mocinhos, é o hospital, que cobra o que não fez, ou por material diferente do que utilizou. Não que isto, em ambos os casos, seja uma verdade absoluta. Mas é o tom da desconfiança que ambos experimentam.
Há um problema causando o debate da verticalização. Analisar a origem do problema, e indicar todas as alternativas possíveis para sua superação parece ser medida mais apropriada que considerar a verticalização a salvação de todos os problemas.
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