21 junho 2017

A terceira opção–Policlínicas

medical-563427_640Enquanto a saúde suplementar caminha a passos largos na mesma direção em foi o SUS, o mercado cria um nicho para ocupar o vácuo: as policlínicas.

Sem vender cobertura, vende serviços, justamente aqueles pelos quais procura a população desassistida. Por desassistida deve-se entender tanto aqueles que não possuem plano de saúde (três quartos do total) como aqueles que, possuindo, enfrentam longos prazos de espera para o atendimento.

Policlínicas normalmente têm atendimento imediato. Cobram pela execução de consultas e procedimentos investigatórios. Estão crescendo justamente por serem alternativa barata aos planos de saúde. Com a crise financeira, parece não importar que seu alcance seja limitado. Desde que o paciente tenha uma opção válida.

É digno de registro que os planos individuais e familiares estão em oferta cada vez menor, e os planos para idosos são proibitivos, justamente aumentando o apelo das clínicas.

Enquanto o SUS enfrenta um quadro deficitário crônico, as operadoras de planos de saúde debatem sua sobrevivência, as policlínicas crescem, a ANS parece disposta a rever as regras da saúde suplementar. O setor, engessado, aguarda.

08 junho 2017

E a Unimed Rio?

Neon blue question mark on black background : Ilustração de stockEm acordo firmado em 24/03/2017, a Unimed Rio e outros representantes do sistema Unimed assumiram compromissos visando superação / mitigação dos graves problemas enfrentados. Decorridos mais de 60 dias, a ANS ainda não apresentou o balanço das ações iniciais.

É de lembrar a agonia sofrida pela Unimed Paulistana, cuja situação se manteve em suspenso por muitos meses, até o lamentável desfecho.

Tal blindagem é prejudicial a todos. Em especial aos beneficiários. Também tal como no caso da Unimed Paulistana, os beneficiários são açodados por outras operadoras (em alguns casos outras Unimed) para transferência de operadora, mas sempre com alguma perda (seja pelo valor do plano, seja pela rede ofertada).

O site da Unimed Rio nada fala sobre a crise, assim como não mais a mencionou o site da ANS. A falta de informações contrasta com a gravidade do problema, já que se trata de uma das maiores operadoras do país, de uma das capitais mais importantes.

O acordo firmado entre as partes reavaliação dos termos do acordo ao final de 365 dias. Tempo suficiente para danos irreparáveis.