A OMS publicou em seu site conclusões do relatório Global health risks report que apontam que a expectativa de vida pode ser aumentada em aproximadamente cinco anos através da atenção a cinco fatores que afetam a saúde: a desnutrição infantil, o sexo praticado sem preservativos, o abuso do álcool, ausência de água potável, condições sanitárias e higiênicas e pressão alta, condições que, segundo o relatório, são responsáveis por um quarto dos sessenta milhões de mortes ocorridas anualmente no mundo. Quinze milhões de mortes, portanto, causados por aqueles cinco fatores.
Oito fatores de risco, ainda segundo o relatório, respondem por 75% dos casos de doenças coronarianas, a maior causa de mortes no mundo. São elas:
- Consumo de álcool;
- Altas taxas de açúcar no sangue;
- Tabagismo;
- Alto índice de massa corporal;
- Pressão alta;
- Colesterol alto;
- Baixo consumo de frutas e vegetais; e
- Sedentarismo.
Outras conclusões:
- Nove riscos ambientais e comportamentais, aliados a sete causas infecciosas, são responsáveis por 45% das mortes por câncer em todo o mundo;
- O sobrepeso e a obesidade causam, no mundo, mais mortes que a desnutrição;
- 71% das mortes causadas por câncer pulmonar são causadas pelo tabagismo;
- Os 10 maiores riscos passíveis de prevenção diminuem a expectativa de vida em aproximadamente 7 anos no mundo todo, e aproximadamente 10 anos na África.
O relatório reafirma o que vem sendo objeto de várias campanhas no Brasil. A prevenção deve ser levada a termo pelas autoridades e pelos beneficiários. Autoridades, pressionadas pelos custos da saúde, na maioria dos casos, já estão adotando essa linha de ação. Já a população ainda não estás totalmente desperta para essa necessidade. O tabagismo, por exemplo, ainda grassa como se fosse inconsequente sua ação no organismo. O sedentarismo, para o qual a saída é um pouco de força de vontade, idem. O indivíduo precisa de ajuda para perceber os fatores de risco aos qual se submetem ao menos pela omissão.
Pressão alta e obesidade, dois outros fatores evitáveis, ainda não são objeto da preocupação maciça das pessoas. Ao contrário. A pressão alta, o famoso “inimigo invisível”, não é encarado senão como um mal qualquer, até que sobrevenham consequências mais graves. E a obesidade, apesar dos riscos à saúde que representa, ainda é encarada mais como um problema estético que médico.
E continuamos perdendo pessoas que nos são caras por conta de nossa inação ou omissão.
A ANS, com suas ações, muitas delas baseadas em ações de outros órgãos governamentais, quer mudar essa realidade. Podemos ajudar.
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