12 março 2010

Informação, conscientização e ação

O Paciente Informado, como se convencionou chamar aqueles que pesquisam seus sintomas no Dr. Google e chegam ao consultório com um diagnóstico, é um fenômeno da disseminação do conhecimento.

Na verdade, o Paciente Informado chega ao consultório em condições de aprofundar melhor sua conversa com o médico, sendo esta o melhor resultado da oferta de informações hoje existente. Há aqueles que chegam, realmente, com uma doença autodiagnosticada, certa ou não. E há aqueles que, por causa do conhecimento, cogitam mesmo em eliminar o médico do processo.

Mas não há dúvida de que a informação é valiosa, mormente em questões de saúde. Seria ainda mais se fosse utilizada para prevenção, não somente para identificar doenças já estabelecidas. Mas já é um começo.

Como justificar, por exemplo, aquele cidadão do Super size me - A Dieta do palhaço (Morgan Spurlock, 2004), que ESCOLHE alimentar-se somente de refeições de fast food para depois relatar os problemas daí decorrentes? Ele tinha a informação à mão, e tinha profissionais que poderiam apoiá-lo na análise. Mas tomou uma decisão, e foi em frente. Os resultados à sua saúde não foram bons, como bem sabe quem assistiu ao documentário. Mas o que se poderia esperar?

Espera-se que a informação tenha algum resultado prático nas decisões e escolhas dos cidadãos. Que, sabendo não ser muito saudável a comida de fast food, que as pessoas recorram a alimentos mais saudáveis. Assim como espera-se que as informações sobre o tabagismo estimulem pessoas a abandonarem o vício (ou a evitá-lo).

Como mudar a cultura é demorado e trabalhoso, às vezes recorre-se ao choque. O cigarro, com suas imagens fortes, é um exemplo, trazendo para a realizada uma atitude romanceada por gerações e gerações de pessoas.

O vídeo abaixo, focado no câncer de mama, é um exemplo disso. Com fino humor, choca ao escancarar uma realidade possível e presente. Portanto, imperdível.

 

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